domingo, 26 de dezembro de 2010

Natal em família

Meu sobrinho estava brincando de "matar goiabas"(?????!!!!!!). Ele as despedaçava e atirava o miolo numa parede da casa de minha avó. Interessante foi quando uma tia-avó minha, com seus mais de oitenta anos e muito religiosa chegou e perguntou: E então, você matou as goiabas? E ele: Matei sim, esmaguei, massacrei, Crucifiquei elas!!!!!! 

Minha pobre tia-avó quase teve um troço, enquanto eu me acabava de rir lembrando das cenas de Laranja Mecânica, em que o personagem primcipal sonhava ser o centurião que chicoteava Jesus no caminho para o calvário.

Eh... Isso vem de família mesmo...

Retorno

Agora que meu notebook retorna do mundo dos mortos, para lá enviado por uma praga chinesa, acho que o chamarei de Lázaro.

domingo, 7 de novembro de 2010

Muitas pessoas podem ver a mesma coisa, e ainda assim ver coisas totalmente diferentes. A questão é: o que realmente é importante ao olhar de cada um?

sábado, 23 de outubro de 2010

Moda

Moda é uma coisa estranha, tem gente que acha importante, como os matemáticos e os estatísticos; tem gente que morre se não puder usar as roupas da vez, e tem gente que não sabe sequer o que está na moda. Fico imaginando se virasse moda pular da ponte, tenho certeza que teria gente pulando só para ser chic. Ontem vi uma senhora vestida numa coisa que parecia um saco todo rasgado e fiquei pensando no quanto ela deve ter pago por uma peça tão exótica de vestuário. Se eu visse uma peça como aquela numa vitrine de uma loja, passaria direto.
Pensando bem, acho que pular da ponte já está na moda e eu é que não me toquei...

sábado, 16 de outubro de 2010

Avatar

Aproveitando que Avatar estreou novamente numa versão "alongada", é bom estarmos preparados para uma nova revolução no cinema, mais especificamente, uma revolução no cinema pornô em 3D. E nada melhor que uma paródia pornô do próprio Avatar, que está sendo filmado nos EUA, produzido pela Hustler, conhecida revista pornô norte-americana. Esse eu vou querer assistir heheheheh

sábado, 9 de outubro de 2010

Errata

O aniversário de Lennon seria hoje e não ontem, ainda assim a idéia do texto ainda é válida

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Paz

Esse ano o Nobel da Paz foi para o professor de literatura, poeta e ativista chinês Liu Xiaobo, que está na prisão desde 2009, cumprindo uma sentença de 11 anos por lutar pela democracia na China. Considerando o histórico do país, nada mais justo. O anúncio foi feito hoje na Noruega, uma data interessante em minha opinião, pois é o aniversário de John Lennon, que completaria 70 anos de idade se ainda vivo.

Lennon dizia que só precisaríamos dar uma chance a paz, mas fico imaginando se esse é o nosso interesse no fim das contas, se estamos preparados para dar realmente esse apoio, pois resolver conflitos implica fazer concessões, dialogar, aceitar que certos sacrifícios devem ser feitos na intenção de permitir convivência pacífica entre os povos. Mais que isso, há que se ter coragem de enfrentar um inimigo muito maior e aparentemente invencível

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

eleições 2

Essa noite no canal TCM começou a passar MacGyver  novamente, e foi muito bom rever a série que marcou a infância de muita gente nos anos 80, com um cara que com um canivete suiço, goma de mascar e um clip de papel conseguia deter um vazamento nuclear. Tanta criatividade assim, infelizmente, não teve o xará dele daqui de Alagoas, o Magaiver, que não conseguiu se eleger deputado estadual, aliás nem ele e nem o Palhaço Pirulito, que não tem tanto carisma quanto Tiririca, que foi um dos mais votados do país. Pois é, aqui teve até Curupira tentando se eleger, e quando figuras folclóricas resolvem entrar na vida política, os palhaços também tem esse direito, assim como personagens da ficção.

Essa passou perto

Ufa!!!! Essa passou por um triz! Nem em corrida de formula 1 eu torci tanto para um segundo lugar. Agora estou mais calmo, mas entre os que sobraram, não tenho a menor ilusão de que algum se aproveite e de que tudo terminará com um final feliz, como nas fábulas infantis da minha infância.

sábado, 2 de outubro de 2010

Benjor dizia, ou quase isso...

"Os alienígenas estão chegando,
Estão chegando os alienígenas."

eleições

Não consigo imaginar que as pessoas transformem seus carros em veículos de propaganda para candidatos a cargos eletivos senão por interesses financeiros. E em se tratando da política aqui no meu estado, dá nojo ver tantos carros com o nome de bandidos passando a toda hora, nos fazendo relembrar a todo momento que uma quadrilha está prestes a nos assaltar.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Alguns dias atrás, presenciei algo muito bizarro! Não, não foi um ovni, antes fosse. Pois bem, aqui em Maceíó, o centro da cidade e a UFAL ( Universidade Federal de Alagoas) são interligadas por uma longa avenida que começa com um nome e termina com outro, algo que por si só já é muito estranho, pois começa como Av. Fernandes Lima e termina como Av. Durval de Góes Monteiro. Esquizofrenias à parte, ao sair da universidade, voltando para casa temos que passar por um posto da Polícia Rodoviária Federal, e ao passar por este posto minha namorada me mostrou um carro que descia a avenida pela contra-mão. Depois do susto, vi que o condutor não estava embreagado, e perfeitamente consciente, mostrou que tudo o que queria era chegar à entrada do Atacadão, novo supermercado localizado naquela região, sem ter que descer no sentido normal da avenida e pegar o retorno que fica muito distante.



Tá bom, até aí tudo bem, gente louca no trânsito não é nenhuma novidade, a questão é que o criativo motorista fazia isso a menos de 200m do posto da PRF. Fiquei com aquilo na cabeça até que, por acaso, numa festa, encontrei com um patrulheiro da PRF de folga, e resolvi falar sobre o assunto. Para minha surpresa ele me disse que por mais que eles vissem, não poderiam fazer nada, pois a jurisdição da PRF só começa depois do posto em direção a UFAL, no sentido do posto para o centro a jurisdição é da polícia militar.



Fiquei chocado, pois apesar de já saber há muito tempo que essa parte da avenida não era federal, acreditava que pela proximidade a PRF poderia cumprir o papel que lhe cabe, que é fiscalizar as rodovias. Estava enganado, e esse engano me fez pensar nessa questão que é a jurisdição das autoridades, nos limites que as autoridades tem para exercer seu poder, e se não existem situações  com exceções possiveis, pois pensem bem, será que se houvesse um atropelamento ou um acidente ali pertinho, será que eles iriam esperar que chegasse alguma viatura de um posto mais distante ou deveriam tomar alguma atitude por conta da proximidade?



Afinal, todo policial diante de um crime não tem a obrigação de intervir? Será que estou engando? No meu senso comum pouco conhecedor de detalhes jurídicos, era assim que eu acreditava que as coisas deveriam ser.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

"We need to find courage, overcome 
Inaction is a weapon of mass destruction "

Faithless, Mass Destruction

terça-feira, 14 de setembro de 2010

boa surpresa

De vez em quando ainda me surpreendo com boa música sendo produzida por aí, por gente ainda imune a essa onda devastadora de mediocridade que varre todo o mundo, sim todo o mundo, pois a deterioração das mentes não acontece só no Brasil, é um fenômeno mundial. Descobri uma banda australiana chamada Wolfmother que traz referências de bandas clássicas, fazendo um som inteligente, contagiante, expressivo, poderoso. E olha que a banda não é tão nova assim, mas só agora que tomei consciência de sua existência.

domingo, 5 de setembro de 2010

04.09.2010

Estamos tão acostumados a ver certas coisas e a virar a cabeça para evitar enxergar coisas desagradáveis, que algumas cenas, pela impossibilidade de evita-las, são mais chocantes, como retratos que são desse nosso mundo de negócios, lucros e consumo.
Num fim de semana em que a maior loteria do país sorteou um prêmio deveras atraente,  em que quase todos que tiveram a chance de arriscar uma aposta, o fizeram sonhando enriquecer, ao entrar numa agência bancária para retirar dinheiro e correr para fazer também as minhas apostas, dou de cara com uma senhora, magra, já idosa, sentada dentro da sala de auto-atendimento, pedindo esmola. Se a cena é inusitada, pela senhora ter tido a idéia de aproveitar um pouquinho dor ar-condicionado reservado aos clientes e fugir do calor do lado de fora, chocante realmente para mim foi o fato de que não ter dado dinheiro para ela, que lá ficou mendigando mais que uns míseros trocados, mas sim atenção de um sistema que não nos considera como indivíduos únicos e valiosos por nossas qualidades e particularidades, um sistema para o qual somos apenas e tão  somente ferramentas, operários que, se devidamente qualificados, encontram um lugar de relativo conforto,  até que não serem mais necessários.

Talvez eu seja hipócrita ao apontar as falhas desse sistema sem tentar modificar essa situação, mas me pergunto se antes de tomar alguma atitude, não é necessário primeiro ficar chocado com toda a situação, indignado com a crueldade dessas engrenagens que giram sem parar, azeitadas com o suor e o sangue de nossas vidas. Mas que atitude tomar? Quem pode ser  capaz de influenciar todo um sistema a encontrar formas mais dignas de tratar os seres humanos? Será que nós estamos preparados para aceitar mudanças radicais na estrutura social que permitam uma valorização das pessoas e uma distribuição mais justa de renda? Há esperança de que essa estrutura baseada no consumo tenha a possibilidade de acolher os que ainda permanecem fora da sociedade de marcas, mesmo sabendo que essa estrutura pautada no consumo está fadada a entrar em colapso pelo fim das matérias primas?

Eu penso, penso e não consigo chegar a conclusões otimistas sobre o assunto.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Idéia nada original

Ontem à noite eu estava em uma lanchonete esperando meu sanduiche, quando percebi uma igreja evangélica. Tá certo que essas igrejas não aparecem assim do nada, ou aparecem? Enfim, o prédio costumava ser uma farmácia e estava para alugar já há algum tempo, para então dar lugar a mais uma igreja em nossa cidade. Mas o que me chamou a tenção foi o símbolo desta, que era o planeta terra circundado por chamas, com algo que parecia uma bíblia e alguma outra coisa que não consegui decifrar.

Não sei se foi a fome que eu sentia na hora ou o fato de ver aquela imagem do planeta pegando fogo, mas acabei percebendo que tenho que adaptar aquela minha antiga idéia de criar uma igreja a conceitos de marketing mais modernos e procurar agregar valor a empresa através da oferta de serviços diferenciados. Resolvi então que minha igreja vai ser também uma churrascaria e já criei até o slogan para uma possível propaganda. 

Igreja e Churrascaria do Evangelho da Carne: Se a sua religião é comer, este será o seu Templo 

Nossa igreja dispõe dos mais modernos conceitos de interpretação do pecado da gula, tratando-o através da super-exposição do objeto de desejo, e para tanto dispomos das melhores carnes, com os mais variados cortes, além de carnes exóticas e caças. Oferecemos também tratamento diferenciado de distúrbios alimentares como bulimia, anorexia e vegetarianismos com as mais modernas técnicas de exorcismo do mercado, pois acreditamos que não gostar de comer é coisa do Diabo.

A vantagem é que o dízimo pode ser pago com todos os cartões, embora isso não seja necessariamente uma novidade no ramo das igrejas.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Rir ou chorar?

Eu já vi todo tipo de coisa nesse mundo, mas proibir a possibilidade de fazer piadas com políticos durante o período eleitoral é a maior demonstração de censura que já vi nesse pais, é uma ataque tão grande a liberdade de expressão, que até agora ainda não sei se isso é verdade ou apenas uma piada, e de muito mal gosto por sinal. Um fato como esse afronta inclusive a cultura popular brasileira, na forma de um dos seus ditos mais populares, pois sendo assim, não é mais possível dizer melhor rir do que chorar,  frase que nos acostumamos a utilizar como forma de nos consolarmos ao nos depararmos com nossos problemas.

Agora sim, só nos resta chorar, pois só eles, os políticos podem rir, da grande piada qua fazem contra nós, tristes palhaços brasileiros.

Douce Dame Jolie

Escutando uma música do sec. XIV chamada Deuce Dame Jolie, de Guillaume de Machaut, fiquei pensando sobre o que é realmente imortalidade. Obras como o Amor nos Tempos do Cólera de Gabriel Garcia Marques, que fala de uma amor que resiste ao tempo, à espera de uma oportunidade de consumação, ou peças como Romeu e Julieta de Shakespeare  que narra o amor, que mesmo de fim trágico permanece viva através dos séculos,  são exemplos de dessa imortalidade dos sentimentos e almas humanas.
Essa música em questão é assim, e essa declaração é feita não apenas a ela, musa inspiradora, mas também é feita para a eternidade, pois enquanto houver alguém capaz de escutar e ser tocado pela beleza da música, enquanto houver ainda pessoas que sintam o mesmo, esses apaixonados permanecerão vivos. Talvez essa seja uma forma de ser realmente imortal.

http://il.youtube.com/watch?v=7lgCQvDaeF8&feature=related

domingo, 15 de agosto de 2010

Espiral

Acho que o caminho do hospício tá bem definido no meu destino próximo, quer dizer, caso tudo o que eu penso venha a ser apenas sintoma de loucura. Esses dias lembrei de uma notícia que rodou o mundo inteiro alguns meses atrás, mais precisamente em dezembro de 2009, quando um estranho fenômeno de luz foi visto no céu da Noruega e da China. Ná época gerou um alvoroço enorme na mídia pois, além da óbvia estranheza do fato, o presidente dos EUA, Barack Obama, chegaria à Noruega no dia seguinte para receber o prêmio Nobel da Paz.

Bem, considerando a aparência do fenômeno eu diria que deve ser um Wormhole, um portal no espaço-tempo que serviu de passagem para algum viajante temporal  que vaio assistir a entrega do prêmio para Obama. Parece loucura?? Olha só a foto...                                                                                            



Ah sim, disseram que foi um míssil russo que foi parar ali por acidente, só esqueceram de dizer que os russos agora fabricam mísseis como fogos de artifício. Ok. Mas e o que aconteceu na China? Foi um míssil russo também ou os chineses resolveram mostrar seus famosos fogos de artifício para dizer aos organizadores de festa de reveillon que também estão no mercado?

E mesmo que não se tenha ainda uma explicação razoável, pelo menos qualquer coisa é mais verossímil que essa história de mísseis perdidos.

sábado, 14 de agosto de 2010

MP3

Escutar música viajando é uma das coisas mais legais que existem e sempre que botava meus fones e começava a escutar as músicas armazenadas no meu celular, embarcava por caminhos mais longos e tortuosos que os trajetos que costumava percorrer diariamente. 
Sinto falta dessas viagens, pois depois que comprei um carrinho não tenho mais essas sensações, pois dirigir implica manter a atenção constante na estrada, nas pessoas, carros, motos, ônibus, animais, navios, montanhas e tudo mais que, acreditem ou não, é possível encontrar na rua hoje em dia. E considerando que meus devaneios me levam a lugares muitas vezes mais sedutores que a realidade, convém não abusar da sorte.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Pois é, eu fui sonâmbulo quando criança e isso era uma preocupação para meus pais, que depois de uma certa crise que tive, passaram a retirar as chaves das portas durante a noite. Depois de notícias sobre pessoas que caiam de varandas de edifícios durante o sono, eles passaram a ficar mais atentos aos meus passeios noturnos.
Nessa noite em questão, eles acordaram com berros enormes que eu dava na varanda do apartamento. Susto maior que ser acordado dessa forma, só ver seu filho de 11 anos de pé na madrugada, com cara de zumbi, sim pois todo sonâmbulo fica com cara de zumbi, gritando a plenos pulmões para sabe-se lá quem e sabe-se lá por qual razão. Talvez pelo meu histórico pessoal tão cheio de aventuras e traquinagens( as cicatrizes são provas disso), a casa ficou mais segura durante a noite hehehe.

Apesar dessa não ter sido a única e nem a ultima crise que tive, nunca procuramos um médico para entender o fenômeno, talvez saber que ser atropelado aos 3 anos, cair de cabeça de uma grande altura aos 6 anos, me estabacar vezes sem conta andando de bicicleta, comparativamente, é bem mais grave que sair andando dormindo por aí, e no fim das contas seria apenas mais uma prova das minhas qualidades angelicais rsrsrsrsr.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Dormir

Acho que provavelmente já escrevi sobre o sono, sua importância e a relação com uma boa memória, mas dia desses me ocorreu a diferença entre o meu sono hoje e o sono que tinha na infância e adolescência. Antigamente meu sono era como entrar em coma, eu deitava e a não ser por algumas crises de sonambulismo eventuais, só acordava de manhã. O casa poderia até desabar que eu não nada perceberia, era um sono pesado e imperturbável.
Hoje em dia, o sono vai ficando mais difícil, são coisas e mais coisas na cabeça pipocando antes de apagar. Contas, orçamentos, projetos, prestações... tudo isso se avolumando no pensamento, não deixa que eu apague facilmente e até dormindo costumam retornar assombrosamente para povoar meus sonhos. Fazer o que... essa é uma das razões de envelhecermos, os cabelos brancos vem desse stress das responsabilidades que não conhecemos na juventude.

sábado, 31 de julho de 2010

Ameaça

Se por um acaso eu parar de escrever neste blog é porque minha namorada me internou num hospício, pelo menos é o que ela diz que vai fazer se eu insistir em falar com ela sobre aliens e ovnis e temas correlatos. Para se ter um idéia, alguns minutos atrás eu tentava assistir um documentário no Discovery Channel  e fui rudemente impedido de ter acesso a essas informações vitais a compreensão da invasão iminente do nosso planeta. Em vez de assistir o Discovery ela me fez assistir o filme Mamma Mia, que é construido à partir de latras das músicas do ABBA. Estou começando a acreditar que minha amada namorada faz parte dessa conspiração para impedir o acesso ao conhecimento sobre os aliens.
Para falar a verdade, acho que o ABBA também é um grupo musical alienígena, que com suas baladas melódicas e grudentas, hipnotiza as mulheres humanas, transformando-as em soldados  da invasão, ao impedirem seus conjuges de ter acesso à verdade. Mas como dizia Fox Mulder, a verdade está lá fora, e não seremos impedidos de encontra-la, pelo menos enquanto não estivermos no hospício.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Sinestesia?

Durante muito tempo tive um certo sonho que me incomodava por sua natureza estranha e pela inexplicabilidade das sensações que ele provocava. Não era um pesadelo. Pesadelos eu também tinha corriqueiramente, mas me ver perseguido e assombrado por monstros não chegava a ser tão assustador ou estranho no fim das contas.
Esse sonho que me incomodava tinha algo de impessoal, imaterial talvez, pois sempre via as mesmas formas geométricas em um cenário branco, quase líquido e em  constante modificação. O estranho era que as imagens provocavam sensações físicas em  minha mente, era como se eu as tocasse com meu olhar.

Louco como sou, cheguei a pensar que estivesse desenvolvendo telecinésia (rsrsrsrsr), mas o absurdo da idéia me trouxe de volta ao mundo real. Mas ainda me incomoda não ter um conceito firmado sobre o tipo de sonho ou o que poderia  provoca-lo, se uma flash sinestésico, coisa que não sou dado a ter, ou um mero desequilibrio neurológico momentâneo, e infelizmente, sem nenhum traço telecinético. Fazer o que... parece que não tenho super-poderes afinal.


quarta-feira, 28 de julho de 2010

celular ao volante

Nunca mais atendo celular enquanto dirigir. Fui atender uma ligação alguns dias atrás e dei de cara com a traseira de uma Ranger... Resultado: pagar a franquia do seguro. Fazer o que... tem gente que só aprende quando dói no bolso.

domingo, 18 de julho de 2010

Delicadeza musical.

Se há algo que realmente invejo é a habilidade que os músicos tem de transitar entre dimensões, nos levando por caminhos de sensibilidade e delicadeza. A quem interessar, eis duas versões de uma música que fez parte da trilha sonora do filme Furyo, em nome da honra, composta por Ryuichi Sakamoto. Na primeira o próprio compositor a executa ao piano acompanhado por violoncelo e violino. Na segunda o instrumentista japonês Kotaro Oshio a executa ao violão numa demonstração de virtuosismo puro, pelo menos em minha humilde opinião. A quem quiser há ainda a versão original no Youtube, que não é tão bonita, pois é executada com sintetizadores. 

domingo, 11 de julho de 2010

Na teoria tudo é muito simples

Estamos normalmente tão imersos em nossas rotinas que as atitudes se tornam automáticas, indo de encontro muitas vezes, inclusive, aos princípios norteadores da ética pessoal pelos quais tentamos pautar nossas atitudes.


A condição urbana é tão marcante, que mesmo quando tentamos articular comportamentos que sejam menos destrutivos e mais harmônicos com o meio ambiente, nos surpreendemos com atitudes francamente paradoxais a esses pensamentos.

Sábado pela manhã estava no Senac, esperando minha comandante-em-chefe. O ambiente é dos mais interessantes, com árvores e pássaros convivendo com a arquitetura do prédio sem problemas. Enquanto esperava, resolvi ler o livro 'Formação e Imformação Ambiental: Jornalismo Para Leigos e Iniciados', que é um compêndio de textos organizado por Sérgio Vilas Boas (ao mesmo tempo eu escutava Madredeus em meu mp3). Tudo muito bom, tudo muito adequado quando de repente um pássaro, que eu descobri ser uma espécie de pássaro que canta de forma barulhenta como cantam as Arapongas, começou a sua serenata poderosa e incansável. Pronto, foi o bastante para esse pseudo ambientalista com ares intelectuais esquecer todos os seus valores e desejar uma atiradeira para acertar o póbre pássaro, que indiferente cantava sem parar.

O pior foi que quando tomei ciência de meus pensamentos tão incoerentes, comecei a sondar o ambiente de forma mais apurada e percebi que antes o som dos carros que passavam não me incomodava, mas o canto do passaro que adaptado à vida urbana cantava numa mistura de buzina de automóvel com som de pneu murchando ( se é que isso é possível) atrapalhava meu raciocínio, ou melhor, me arrancava do clima etéreo provocado pela música do Madredeus. Dá para acreditar? Se ao menos eu estivesse escutando Rogério Skylab com sua antológica canção Matador de Passarinhos...

sábado, 10 de julho de 2010

Umas quatro garrafas de vinho, uma longa conversa sobre psicologia, filosofia zen, artes marciais, estratégias militares aplicadas às relações interpessoais no meio profissional, cultura pop e cinema. Tudo isso numa noite de quinta-feira pode até ser divertido, mas pouco recomendável, pois não tornarei a fazer novamente uma dessas, porque o trabalho no dia seguinte não rende a metade do que normalmemte rende.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Israeli Soldiers Dancing

Se tem alguma coisa que os grande senhores da guerra mais detestam é quando as crianças recrutadas como seus peões demonstram ainda ser crianças. No video que está no Youtube e gerou a maior polêmica, os recrutas com idades de 18 e 19 anos, dançam uma coreografia durante uma patrulha. Se é um comportamento irresponsável, segundo seus generais, eu não questiono, mas acredito que não há maneira melhor de mostrar que tem coisa muito mais importante para esses garotos que sair por aí armados até os dentes arriscando suas vidas.

domingo, 4 de julho de 2010

sábado, 3 de julho de 2010

Hexa... era...

Comentário da Paula:

"Acabou o Sonho, mas ainda tem rosquinha, queijadinha..."

Fazer o quê... ela está certa.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Meus queridos monstros

Tem coisa que não tem a menor importância para muita gente, mas que dentro de certos meios, assume um papel vital para a compreensão da natureza de figuras típicas das narrativas ficcionais. Múmias, Vampiros, Lobisomens, Zumbis, Sacis, entre tantos outros, são identificados por certas características e comportamentos que se tornam marcas de sua existência (fictícia) e acabam atribuidas a personalidades humanas com o objetivo de criticar ou elegiar pessoas com quem convivemos. Todo mundo já escutou, coisas como "fulano é um Vampiro, que vive me sugando no trabalho", ou  "cicrano é uma verdadeira múmia, parou no tempo".

Essas são características comumente reconhecidas, mas o problema começa quando algum autor cisma de por características um tanto anômalas nesses personagens, causando polêmicas e confusões no imaginário mitológico,  como foi o caso dessa papagaiada chamada Eclipse, e livros subsequêntes, que lançou ao mundo os primeiros vampiros (o v minúsculo é intencional) assexuados. Depois da verdadeira revolução causada por livros como Entrevista com o Vampiro, de 1976, da escritora Anne Rice, que introduziu toda a discussão da sexualidade vampiresca com personagens marcantes como Lestat, acontece uma involução desses conceitos quando livros de qualidade questionável, apresentando personagens como Edward e companhia, acabam se tornando moda e por conseguinte deturpando toda uma cadeia de pensamento construida por séculos de imaginação e talento genuino.

Bom, isse é o lado ruim dos fatos recentes, o bom é que apesar disso, outros seres mitológico-fictício-macumbescos vem sendo mais valorizados nos ultimos tempos. Os Zumbis por exemplo, sim os Zumbis, essas coisas capazes de provocar terrores profundos visto que representam o maior dos temores da humanidade, a morte cambaleante e devoradora, que lenta e inexoravelmte nos persegue, e que temos a certeza de jamais poder escapar. Pois bem, os Zumbis que já foram retratados tão bem em filmes e revistas, agora vão ganhar uma série de tv The Walking Dead, com estréia prevista para outubro deste ano nos EUA.  Além disso  mais e mais livros e HQs vem sendo lançados com os papa-cérebros como tema.

Isso dá pelo menos um certo alívio por saber que uma parte da "fauna" mitológica ainda é tratada com o devido respeito. Espero apenas que os nobres sanguessugas consigam se manter intactos, porque como toda moda, essa que os desrespeita também é passageira, e enquanto essa passa, os verdadeiros Vampiros repousam em suas criptas, esperando por tempos menos brilhantes, e escritores menos castos de imaginação.

domingo, 27 de junho de 2010

a verdade está lá fora

Os avistamentos de ovnis estão cada vez mais frequentes, o que me faz supor que estejam ai fora, aguardando o fim do experimento que fizeram ao inseminar primatas com a centelha do desenvolvimento intelectual para nos gerar. Uma vez que chegamos a este determinado estágio de desenvolvimento tecnológico e estamos programados para nos destruir, o experimento se findará, o que me deixa em dúvida se alguns de nós conseguiremos tickets para uma viagem ao espaço com eles, como bichinhos de estimação, escravos ou sabe-se lá o que...

Tem até uma profecia sobre o fim do mundo que corrobora essa possibilidade, diz-se que no fim dos dias muitos serão arrebatados, mas talvez o termo seja abduzidos. Esse aí de cima foi visto em Moscou.

Só para não perder o hábito de anunciar o óbvio, volto a repetir, estamos todos ferrados!!! Como se não bastasse toda a sujeira que jogam no mar o tempo inteiro, a porcaria que a British Petroleum fez no Golfo do México tá crescendo cada vez mais. Daqui a pouco aquela sujeira toda chega por aqui.

O trabalho

Viver uma copa do mundo nos faz descobrir muitas coisas interessantes a respeito de nossa cultura. Uma que acho das mais interessantes é essa relação que o brasileiro tem com o trabalho, pois basta um jogo acontecer às 11 da manhã que se perde o resto do dia, uma vez que está já institucionalizado o feriado em repartições públicas federais. Já nas estaduais e municipais, decreta-se o ponto facultativo, o que é na verdade um feriado disfarçado, já que ninguém aparece para trabalhar mesmo.  Isso já está tão enraizado na nossa cultura, que alguns amigos acham estranho que no meu trabalho haja apenas uma parada durante o período do jogo e que se restabeleça o serviço normalmente após o término do confronto.

O pior é que mesmo no meu trabalho essa cultura tem muita força, pois muitos reclamam de ter que retornar ao trabalho. Sem querer parecer metido a besta, mas discordo dessa festa toda. Tá certo que nem por decreto ou ameaça de demissão eu deixaria de assistir um jogo para continuar no trabalho, mas daì a querer que todo o dia seja perdido por causa de algo que só vai durar no máximo duas horas, já é demais. Não entendo o motivo para essa carnavalização da realidade,  desse desdém para com as responsabilidades em tempos de Copa do Mundo. Mas pensando bem, será que isso só acontece realmente em época de Copa do Mundo? Será que somos um povo que valoriza o trabalho e os frutos da labuta diária? Tenho cá minhas dúvidas.

Mas de onde vem esse desdém todo? Eu até brinco com meus colegas que passamos as semanas e meses em função da espera pelos fins-de-semana, feriados e férias e não exatamente no desejo de realizações dos projetos profissionais. Mas de quem teríamos herdado tão pouco lisonjeira marca cultural. Seria isso realidade ou só acontece durante as Copas do Mundo?

Bom, de qualquer jeito esse país só vai pra frente à custa de suor e trabalho, pena somente o fato de quem julgamos ter as maiores responsabilidades nesse país estarem também acostumados a essa rotina de pouco trabalho e altos salários.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Chove chuva, chove sem parar

Entre tantas notícias sobre desastres que acontecem pelo mundo, como terremotos e tsunamis e atentados, de alguma forma algumas pessoas se anestesiam. Até que tudo ocorra na sua vizinhança, um assalto, um acidente, um roubo... uma enchurrada. Sim, as pessoas perdem a sensibilidade para assuntos como estes, já que se tornam rotina nos noticiários,  e isso é um perigo em todos os sentidos, mas o que acredito ser o pior é não estar de alguma forma preparado para essas situações como acontece em outros países.

Há muito que tenho essa visão catastrófica da vida, do caos iminente que se apresenta no horizonte desses tempos que são a essência do paradoxo, tão ricos em contradições. Se, há pelo menos cinquênta anos andamos na Lua, ainda assim pessoas morrem de fome e de doenças típicas da idade média. Temos tvs, celulares e computadores que respondem ao toque em suas telas, temos tecnologia capaz de virtualmente conectar cada ser humano no planeta, mas ainda assim isso não ocorre. E temos a natureza, que por gerações humanas foi cruelmente tratada agora se rebelando com toda a força e crueldade de que é capaz.

Mas será que a natureza é realmente cruel? Não. A natureza é simplestemte indiferente. Indiferente às crises econômicas e políticas, ao crescimento desordenado das cidades, que fazem pessoas construirem casas muito próximas de rios. Indiferente às necessidades humanas de construção de barragens para represar rios para gerar eletricidade ou abastecer a região com água potável. Se é assim indiferente, por que se inibiria de mandar chuvas torrenciais nas cabeceiras de rios.

Em toda essa tristeza que passamos, fico pensando em apenas um  ponto, e isto é que provavelmente possa ser chamado de verdadeira crueldade, que é indagar por que após outras enchentes, outros desastres semelhantes, muitas pessoas ainda insistem em manter residências em locais que já foram inundados. Alguns podem usar a desculpa de que não tem outro lugar para ir, mas outros que possuem tanto conhecimento quanto recursos para se mudarem destes locais não tem como negar que só sofrem o que sofrem por consequência de sua própria indiferença e estupidez. 

Outra questão em se tratando de estupidez, seria a qualidade das pessoas que escolhemos para governarem nossas cidades. Isso tem uma ligação inegavel com tragédias como essa. Mas para isso não temos a quem culpar além de nós mesmos, que vendemos nossos votos, que votamos no candidato que trará mais festas, ou no que  nos arranjará aquele empreguinho na prefeitura, quando deveríamos votar nos mais preparados para sanar os problemas das cidades. A qrande pergunta é: existem candidatos assim???? 

P.S. Depois eu edito, coloco as vírgulas e pontos nos devidos lugares. Agora estou atrasado.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Antes de Partir

Estava assistindo o filme Antes de Partir com minha namorada ontem à noite, nesse filme os personagens de Jack Nicholson e Morgan Freeman são dois doentes terminais que após receberem o fatídico diagnóstico resolvem sair pelo mundo fazendo um tour de diversão, realizando sonhos e fazendo coisas que nunca pensaram em fazer antes.

Após o filme ela me perguntou o que eu faria se eu recebesse uma notícia como essa. Parei e pensei por alguns instantes, afinal nunca havia pensado nisso antes. Lembrei de uma música do Morphine chamada Do Not Go Quietly Unto Your Grave e por mais inspiradora que essa música seja, acabei sem uma idéia definida, pois fiquei na dúvida entre três alternativas:


  • Fazer como os caras no filme, largar todo mundo e sair por aí para pular de paraquedas, bungee-jump e tudo o mais que der na cabeça;

  • Me retirar para um mosteiro Zen e tentar entrar em harmonia com o universo, tentando encontrar uma razão para minha existência;

  • Ou simplesmente fazer como o personagem do conto de Bukowiski, que num determinado dia acorda todo pintado de roxo com bolas amarelas, ou era pintado de amarelo com bolas roxas...? Não importa, mas por conta disso, arranja um rifle e sai matando todos que encontra pela frente.

Não que eu tenha o desejo de matar pessoas, longe disso. Mas se é para dar um sentido à minha existência, ao menos que seja livrar algumas pragas do mundo, até terminarem as minhas balas. Lógico que estou falando apenas figurativamente... rsrsrs

domingo, 20 de junho de 2010

Ser redundante não seria um mantra de auto-afirmação?
Estou desiludido!! Quisera os portugueses fossem todos tão amorosos com a figura de Saramago, mas não. Em se tratando dessa parcela, em especial do partido monárquico, todos uns hipócritas, ainda submissos ao julgo da igreja. Fico decepcionado por tratarem tão mal aquele que depois de Camões e Fernando Pessoa, conseguiu expôr ao mundo a grandeza da literatura lusitana.

Mares nunca antes navegados

 Se antes eu já estava nadando nas águas da cultura lusitana, me deliciando com seus vinhos maravilhosos, sendo levado a lugares desconhecidos pela  música sublime do Madredeus, agora, com a morte de Saramago sinto que mergulharei de vez nesse oceano de riqueza que tanto me atrai, como o atlântico atraiu os portugueses. Todo brinde agora o homenageia, e há ainda muitos livros por se ler.

Estranho, mas agora percebo uma familiaridade com a terra de meus bisavós que jamais havia percebido. 

sexta-feira, 18 de junho de 2010

...

Ele se foi, Saramago se foi...
Sim, eu sei que todos em algum momento tem que ir,
Mas nem tive tempo de me despedir.

Por que a Morte não entrou em férias?
Por que essa mania de trabalhar sem descanso?
Fosse ela brasileira, portuguesa ou italiana...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Meu nome é...

Dizem que todo nome próprio tem além do significado escondido em suas origens, uma certa relação com a personalidade daqueles que batizam. Minha namorada, por exemplo, o nome dela significa pequenina e devo admitir que embora ela seja muito geniosa, o nome a descreve com fidelidade.

Me lembro que quando era criança, logo que entrei na escola, criei uma confusão com a turma por causa do meu nome, pois todos insistiam em me chamar de Abel, que é realmente meu nome, mas em casa, até então, eu só respondia pelo nome de Juninho.  Agora vá dizer para uma criança de três anos que seu nome é Abel Jr quando ela acredita piamente que Abel é o nome de seu pai. Bom, foi a maior confusão, passamos um tempão com a professora tentando terminar a chamada e eu teimando em dizer que Abel era o nome de meu pai e que o meu nome era Júnior. Dá para imaginar a bagunça.

Com os anos essa passou a ser uma memória agradável da minhas primeiras estripolias na escola, a primeira de muitas outras, diga-se de passagem. Isso me veio a mente depois que atendi um cliente no trabalho um dia desses. O coitado tinha um nome que além de impronunciável na lingua portuguesa, era virtualmente indecifrável, pois tentei durante muito tempo descobrir qual a inspiração dos pais para batizar uma criança com um nome que parecia mais uma fórmula de algum produto químico do que propriamente um nome próprio. 
Essa não foi a primeira vez, no meu primeiro ano ainda no atendimento, um garoto de uns 15 anos veio resolver alguma coisa de seu cpf, e no momento em que olhei o nome na indentidade deu aquela vontade de rir, mas muito profissionalmente me controlei e olhei de volta para o rapaz, que me olhou já rindo e dizendo: " pode rir, todo mundo que vê meu nome cai na risada". Aí foi demais para mim, não consegui ficar sério, mas tentei amenizar a situação perguntando se era um nome estrangeiro e ele me disse que o pai gostava muito de futebol e que esse era um nome de um jogador mexicano.

Esse não é realmente um tema novo, vira e mexe tem uma matéria em algum jornal falando dessa criatividade do povo brasileiro para batizar seus rebentos. Mas fico imaginando se em outros países existe toda essa criatividade também. Sei que na China por exemplo, os nomes são escolhidos de acordo com a época do ano do nascimento, dos presságios interpretados no horóscopo e até mesmo de acordo com a posição do nascimento em relação aos outros irmãos, sendo primeiro filho, segundo filho, terceiro filho... havendo em comum apenas o sobrenome. Isso até lembra o famoso Um Dois Três de Oliveira Quatro daqui do Brasil.

Até aí tudo bem, afinal umas risadinhas de um nome estranho não fazem mal quando o próprio dono se acostumou a rir dele mesmo e tem alguma relação afetiva com o nome, mas tudo muda quando o nome da pessoa causa constrangimento a ponto da pessoa brigar na justiça pelo direito de mudar o nome, fato inclusive que a Justiça compreende e acata, em nome da saúde mental do requerente, afinal, não acredito de ser chamado de "Antônio Querido Fracasso e Antônio Veado Prematuro" possa fazer alguém ter uma auto-estima muito saudável, e esses são exemplos dos menos criativos.

Para quem quiser sentir o drama um pouco mais, existem sites sobre o assunto com nomes do arco da velha, este é um deles:

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O post anterior pode ser uma contradição em termos, se comparado com o post que o precede, mas o que que se pode fazer? Ninguém é perfeito no fim das contas
Tá na hora, tá na hora... mais uma ano de copa. Fico pensando que nossas vidas passam em função dos calendários esportivos, pois a cada dois anos ou é ano de Copa ou ano de Olimpíada. Eu mesmo estou na minha nona Copa do Mundo, isso por que quando nasci em em outubro de 1974 a Copa daquele ano já havia acontecido meses antes.
 Pois é, mesmo não sendo um grande fã de futebol, daquele tipo que tem time do caração e anda por aí com a camisa desse time em dia de jogo, tenho que admitir que essa festa é contagiante. E percebo também que um esporte que consegue prender a atenção de 80% da população do planeta tem que ter algo de extraordinário para gerar toda a essa comoção.

Estar na moda é... uma merda!!!

Modismos são fenômenos profundamente chatos e irritantes. De um hora para outra roupas, gírias, músicas, drogas, vampiros adolescentes assexuados, entre tantas outras coisas, caem no gosto de uma parcela da população e, por alguma razão, esse gosto se dissemina de forma epidêmica, matando a pluralidade de gostos e atitudes que poderiam surgir de forma espontânea.

Fico imaginando se virasse moda pular da ponte, será que haveria pontes suficientes para tanta gente?


quinta-feira, 10 de junho de 2010

P.S.

Há uma outra falha nessa teoria, ela só se aplica a pessoas desconhecidas. Quando se tenta avaliar a beleza da pessoa amada, é impossível deixar de perceber como pequenas marcas e assimetrias conseguem deixar mais marcante essa pessoa aos olhos de quem ama. Como nos quadros de Modigliane, esse ser se torna obra de arte inestimavel, estando acima de qualquer comparação.

domingo, 6 de junho de 2010

Teoria da Beleza

Nessa mesma noite sem amanhã, estavamos conversando quando uma amiga começou a reclamar de que, na festa, praticamente não tinha homem bonito. Apesar de não ficar ofendido com a reclamação, resolvi, ainda assim, explicar minha teoria estética sobre a aplicação dos conceitos de feio e bonito de acordo com o gênero avaliado.

Minha teoria consiste de dois pressupostos - expliquei - o primeiro é de que não existe mulher feia e nem homem bonito. Sendo assim, pode-se dizer que todos os homens são feios e que todas as mulheres são bonitas. Quando eu disse isso elas disseram logo que a questão era se o avaliador havia bebido muito ou pouco, como folcloricamente se trata o assunto. Respondi que não era tão simples assim, na verdade tudo se trata de uma questão de percentual. Em minha teoria existe uma graduação do percentual de beleza e feiura que os seres possuem e que isso varia de indivíduo para indivíduo. Se uma mulher por exemplo não é considerada tão bonita quanto outra, é tão somente por que possue um percentual de beleza menor que o da outra, mas ela não deixa de ter sua beleza ainda assim. Pensando assim, existem as que tem o percentual máximo e as que tem o percentual mínimo de beleza, que seria de 1 a 100%, não existindo portanto o percentual zero de beleza, pois isso seria conciderado feiura e por consequência esse indivíduo seria um homem e não uma mulher.

Fica claro então que a avaliação da feiura masculina usa uma razão inversamente proporcional ao sistema de avaliação da beleza. Nos homens então, a escala seria de 100 a 1% de feiura sendo impossível a existência do percentual zero de feiúra, pois isso seria considerado beleza e por conseguinte esse indivíduo seria uma mulher.

Por alguma razão elas não acharam a minha teoria muito plausível, embora eu obtenha sempre a aceitação desta tese quando as apresento a indivíduos do sexo masculino. Cabe revelar porém, que como toda regra, esta também possui exceções, pois de tempos em tempos surgem seres mutantes que destroem as convenções científicas apenas por sua mera existência, como foi o caso da Roberta Close, que nos anos oitenta do século passado, mesmo tendo nascido homem, foi eleita a mulher mais bonita do Brasil.  Para isso eu não tenho resposta, pois ainda não foram criadas tecnologias capazes de interpretar com clareza as ironias da natureza. Resta-me aperfeiçoar mais esse pensamento, se não pela exatidão de cálculos matemáticos, talvez então pela inspiração que a poesia nos trás sobre o assunto.

A noite sem amanhã

Sair para a balada para assistir um show com várias bandas se assemelha muitas vezes a ir numa lanchonete para comer um sanduiche. Há dias em que o pão está ruim mas o recheio está bom, há dias que o pão está bom e o recheio está ruim, há dias em que está tudo ótimo e há dias que você ganha uma diarréia quando não, uma intoxicação botolínica, que pode até vir a ser fatal.
Ontem foi assim, recebi o email informando dos shows, a saber: Wado, um tal de dj lady gala (a letra minúscula é intencional) e a Alma de Borracha; convenci a minha chefinha-sargenta-toda-poderosa e amada namorada  a ir comigo, marquei com os amigos, sai mais cedo para uma parada estratégica onde tomamos um vinho, chegamos na hora marcada e esperamos o show começar com um atraso de uma hora, como é de costume nas baladas de rock em Maceió. Seguem os fatos que agora relatarei:

A noite estava boa, o bar estava cheio de gente e o show do Wado como sempre, foi muito legal, com o público dançando e cantando junto com ele. Rostos alegres e uma boa energia no ar sugeriam que a noite seria das mais agradáveis, e assim foi nosso pensamento até o fim da ultima música do Wado. Veio a pausa normal para a substituição dos instrumentos do palco, ao som de música eletrônica, tempo que ficamos conversando e tomando umas cervas. Bom, isso foi o pão, que estava bem assadinho, coradinho, a casca crocante...  

Daí, sem mais nem menos, uma figura grotesca fantasiada de Lady Gaga, entra no palco ao som de uma das músicas dela que não sei o nome e nem me interesso em saber. Enquanto eu olhava incrédulo para aquela cena, alguns começaram a dançar e o cara foi animando o povo, então desviei a atenção e continuei a conversar desinteressado no que acontecia no palco. Dai a pouco o tal, que só tinha colocado essas versõezinhas de música pop e algumas do finado Michael Jackson,  se sentiu à vontade para mostrar sua horrenda face malévola e sádica. Fomos atacados com músicas de forrozinho de plástico, como se ele estivesse hasteando o estandarte agourento do seu exército das trevas, para logo a seguir sermos vilmente atacados em nossos coraçãoes com a versão mais bizarra e desrespeitosa já feita de uma música dos Ramones. Pobre Joe Ramone, deve ter se revirado de dor em seu túmulo ao ter um de seus hinos achincalhado com uma batidinha de tecno-brega. A dor foi grande, mas infelizmente meu protestos chingatórios foram abafados pela altura do som, e foi realmente uma pena que eu seja uma pessoa civilizada, não fosse, teria desligado a tomada do som. Isso teria me poupado do golpe de misericórdia, pois enquanto estávamos ainda agonizando ele veio sob a forma de uma versão tecno-brega de Enjoy the Silence, do Depeche Mode.

Sinceramente eu não lembro nem o nome da música dos Ramones que ele profanou, talvez por um mecanismo de defesa da minha psiquê ou provavelmente pelo trauma provocado, o que sei é que não aguentei mais e saí procurando alguém para reclamar, e como eu não sabia quem fora o organizador-cúmplice da festa, fui atrás do Wado para pedir, encarecidamente, que da próxima vez que ele for tocar junto com esse cara, por favor, esqueça de me enviar o convite.
Depois de engolir esse recheio estragado, mesmo sendo eu grande fã do João Paulo, não tive mais condições mentais para aproveitar o show do Alma de Borracha. Tá certo, isso é exagero, na verdade por causa daquela aberração, a Alma de Borracha acabou entrando no palco mais de três da manhã, quando eu já estaca muito cansado. Fui para casa.

Mas ficou a lição, e as cicatrizes também, dessa noite triste que poderia ter sido muito boa, mas terminou pior que minhas mais fortes ressacas. Acordei agora de manhã com uma sensação de ter sido violado ou envenenado, e acho que terei que procurar ajuda de algum terapeuta, ou encher a cara e ir para um bom e velho show de Punk Rock para curar mais esse trauma que carregarei até o túmulo. 


sábado, 5 de junho de 2010

terça-feira, 1 de junho de 2010

Galactus chegou!!!



Que tempestade tropical que nada que aconteceu na Guatemala e que batizaram de Ágatha!!! O que aconteceu realmente foi que Galactus chegou e seu arauto, o Surfista Prateado, já começou a cavar as fundações da destruição do planeta terra. Olha só a foto do buraco e pensem sinceramente se isso foi causado por uma tempestade?

domingo, 30 de maio de 2010

O amor nos tempos quânticos.

É muito comum hoje em dia escutarmos pessoas falando sobre a “dinâmica da relação” quando se referem a natureza esplosiva ou calma ou estridente ou excêntrica dos relacionamentos amorosos, o que eu não imaginava é que a física enquanto ciência aplicada fosse tão importante na condução dos relacionamentos. Tá certo que dinâmica já é em si uma disciplina, mas nunca imaginei que para entender minha namorada eu tivesse que entender conceitos de espaço e tempo tão a fundo. Tive esse insight algumas semanas atrás assistindo um programa do Discovery Channel sobre o Físico britânico Stephen Hawking, onde se falava que quanto mais próximo de grandes massas como os planetas, estrelas e buracos negros, o tempo passa mais devegar, e que se afastando dessas massas o tempo passa de forma mais acelerada.



Tá bem, mas qual a relação disso com os relacionamentos amorosos? Pois bem, depois de muito levar bronca pelos meus atrasos e de muito reclamar por ficar um tempão esperando que ela terminasse de se arrumar para saírmos, descobri que o tempo passa de forma diferente para algumas pessoas. Não me refiro aqui a persepção da passagem do tempo, mas da passagem do tempo em si. Depois de muito pesquisar descobri que na região onde mora minha namorada deve haver alguma fissura espacial, que altera drásticamente a velocidade do tempo. Para ter certeza, conduzi um experimento pautado por metodologias altamente científicas. Para começar depois de estabelecermos dois fusos espaço-temporais sendo o fuso 1 do apartamento dela e o fuso 2 o de minha casa, marcamos de nos encontrar para almoçar, estabelecendo que seria quarenta minutos a partir daquele telefonema.
 
 
O tempo passou enquanto eu lia notícias na net, atualizava o blog, escutava música e quando percebi já estava atrasado, faltando apenas 5 minutos para o encontro. Saí correndo para tomar banho, que tomei enquanto observava aflito se o telefone tocaria enquanto estava no chuveiro. Não tocou. Saí do chuveiro então e me vesti tão rapidamente que já estava suando com o calor do aquecimento do corpo. Quando finalmente me vesti, já estava com quase quinze minutos de atraso. Aí finalmente peguei o telefone para fazer a pergunta fatídica: Você está pronta????
 
Como eu já esperava a resposta foi negativa, tentei então descobrir as causas dessa diferença, primeiramente analisando a geografia onde as duas residências se localizam, e descobri que apesar de morarmos no Farol, perto da casa dela existem mais edifícios do que da minha, sendo que como já foi dito ela própria mora em um prédio e eu em uma casa. Uma outra possibilidade seria a existência de alguma fenda espacial, como um portal no tempo, que nos liga através de dimensões como aqueles que víamos nos filmes de ficção, essses portais são conhecidos como Wormholes e certamente influenciariam no tempo. Isso junto com a geografia certamente provoca essa diferença. 
 
Mas há ainda um outro problema, que é a aceleração do tempo ou melhor, do retorno do fuso 1 onde o tempo é mais lento para o fuso 2 onde é mais rápido. Estabelecemos que nos encontraríamos em vinte minutos. Essa experiência foi mais perigosa e exigiu o máximo de controle de fatores externos que pudessem influenciar no efeito, sendo assim, para passar os vinte minutos, desliguei o computador, desliguei a tv e fiquei escutando música com o celular. Após algum tempo olhei para o relógio e percebi que já haviam se passado 27 minutos e então liguei para saber se já deveria ir busca-la. Resultado: levei a maior bronca pois ela já estava esperando há algum tempo e eu havia me atrasado. Percebi então que ao se afastar do portal temporal que deve ficar no próprio apartamento, mais precisamente no quarto, mais precisamente na penteadeira onde ela guarda os cosméticos de maquiagem,  ela passa a perceber o tempo de forma muito mais rápida, como se seus sentidos estivessem hipersensíveis.

 
Para resolver a questão e terminar definitivamente com os efeitos problemáticos que a distância e a influência de portais temporais nos causam, decidi comprar um apartamento para morarmos juntos, quem sabe assim, expostos aos mesmos efeitos gravitacionais a nossa percepção de tempo possa ser mais sincrônica, e nós dois possamos percorrer nossas tragetórias no Continuum Espaço-tempo sem tantas anomalias.
 

terça-feira, 25 de maio de 2010

Mudança

Estou surpreso com minhas reações. Depois de quase cinco anos na espectativa por essa transferência, agora que ela se tornou realidade, mas ainda não se realizou efetivamente por questões técnicas, fico olhando para a cidade com aquela sensação de despedida iminente, olhando as pessoas que me acostumei a ver sempre com uma pontinha de saudade já se anunciando.


sábado, 22 de maio de 2010

Os meus dias de sonolência constante parecem estar chegando ao fim, já que devido a um inesperada, mas oportuna transferência para trabalhar em Maceió, não terei que acordar às 5h da manhã todos os dias. Terei mais tempo para ler, para estudar, para meus treinos, emfim, deixarei o mundo dos sonâmbulos, que é onde imagino estar quase que o tempo inteiro.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Patentes divinas.

Escutando hoje de manhã no rádio a notícia da criação da primeira forma de vida sintética, não consegui deixar de associar o fato a uma fala do ator Jeff Goldblum em um dos filmes Jurassic Park, que diz: Deus criou os dinossauros, Deus matou os dinossauros; Deus criou o homem, o homem matou deus: o homem recriou os dinossauros...

Mas apesar de acreditar que todo cuidado é pouco, estou realmente excitado com a idéia e com todo o potencial desenvolvimento da ciência que possa advir. De qualquer forma, se Deus de repente não resolver processar a humanidade por quebra de patentes, acho que tudo vai ficar bem.

sábado, 15 de maio de 2010

Caos

Depois de muito escutar repreensões constantes sobre o caos que se apresentava em meu quarto, que não é verdadeiramente um quarto, mas sim um lugar onde ficam meu guarda-roupa, meu computador e minha estante de livros, finalmente compreendi que a organização da vida e dos meus objetos é um reflexo da organização ou não, de certos conteúdos de minha psiquê, que lançados no arquivo morto da indiferença acabavam por serem regurgitados eventualmente. Causavam tantos problemas que me fizeram pensar se não valia a pena parar ao menos uns dez minutos por dia para meditar sobre o que sou e o que tenho como objetivos nessa existência, ou ainda pelo menos dar uma arrumadinha na caverna do dragão, aliás meu quarto, ou melhor dizendo, depósito de tranqueiras.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Alice

Fui assistir Alice no País das Maravilhas e achei muito bonitinho mas que realmente poderia ser melhor se o Tim Burton não quisesse fazer um filme sensura livre. Acho que ele perdeu a chance de explorar de forma mais macabra um dos livros mais férteis em possibilidades para uma mente como outrora ele mostrou ter.

Do bizarro que eu esperava, apenas uma coisa consegui encontrar. A Rainha Branca. Mais assustadora só se ela saísse da tela, coisa que felizmente não foi pensada. Aquele olhar e sorriso dela me lembraram da única vez que se vê a Vandinha da família Adans sorrindo.

Outra coisa que senti no fim do filme foi um pena enorme da Rainha de Copas. Achei que ela era a verdadeira vítima do filme, que teve seu trono por direito de nascença entregue injustamente à irmã bonitinha e queridinha dos pais.

Tadinha, até o amante tentou mata-la!!

domingo, 9 de maio de 2010

Morrer pela boca

Tenho até medo de imaginar o efeito da quantidade de gordura que injetei no meu organismo ao comer um sanduiche de filé de frango, presunto, queijo, alface e tomate com maionese de cheiro verde. O óleo escorria sujando minhas mãos. E para deixar tudo bonitinho lá dentro, finalizei com uma lata de coca...

Nunca tive preocupação com alimentação, pois nunca tive uma tendência para engordar e sempre fiz bastante atividade física, mas depois de certa idade, começo a perceber que convém não abusar demais da sorte e do pobre organismo.

O problema é que tava realmente muito bom...

Casa do futuro


Sempre detestei a idéia de morar em apartamentos porque não tenho a menor paciência para aturar o comportamento de outras pessoas, ainda assim serei obrigado daqui a algum tempo a morar num destes imoveis que mais parecem armários ou estantes do que algo que se possa chamar realmete de lar. Mesmo assim continuo acalentando o sonho de algum dia construir uma casa nos moldes do que acredito ser um verdadeiro lar, com o espaço e o conforto indispensável a uma vida saudável e relativamente livre de stress, e também de acordo com tecnologias que diminuam tanto os gastos com energia quando o desperdício de água.

Para minha grande surpresa, existe um conceito de casas ecologicamnete corretas, as Earthships, que começou a ser desenvolvido em torno de quarenta anos atrás por um arquiteto estadunidense chamado Michael Reynolds, graduado em 1969 pela Universidade de Cincinnati. O conceito de casa de Reynolds se baseia em três princípios:  autonomia dos moradores; aplicação de tecnologia duradouras; reutilização de materiais desperdiçados.














Me pergunto apenas se por mais idealista que eu seja, se eu conseguiria viver numa casa assim, que aparenta não ter nenhuma segurança.

Eis aqui alguns links para pesquisa do tema:



terça-feira, 4 de maio de 2010

Hoje na correria do trabalho, uma tv ligada num telejornal, uma matéria sobre  como melhorar a memória. Por um instante pensei haver descoberto a razão da minha péssima memória, mas acabei esquecendo minutos depois...

Acho que vi em algum lugar que dormir mal afeta a memória, pois a fixação da memória recente acontece durante o sono. Será? Será que foi isso que vi na matéria?

Não, isso eu vi num filme com a Drew Barrimore!!! Será que foi?

Ah, dane-se!!!! Vou é tomar uma cerveja!

rsrsrs

Saber contar uma piada é algo que não é para qualquer um, é um dom raro. Eu de minha parte sempre acreditei que tivesse o dom de não saber contar piadas, ou de estraga-las, mas voltando de carona hoje, escutando um cd de um comediante cearence, descobri que tenho muito que aprender antes de me considerar um destruidor de piadas profissional.
O que me consola é o fato de que dou risada até de piada ruim, mesmo que não seja da piada que eu esteja rindo necessariamente...

terça-feira, 27 de abril de 2010

Conversa de almoço

Pergunto:
-Você quer coca ou suco de Laranja?
Resposta:
-Quero coca é claro, afinal suco de laranja tem três vezes mais calorias que coca.

¬¬ ...

domingo, 25 de abril de 2010

A quem interessar possa...




Parece título de bilhete suicida, mas é a forma perfeita para falar de um livro que encontrei por acaso semana passada e que não pude deixar de comprar. Se dizem que nunca se deve julgar um livro pela capa, esse eu julguei e comprei depois de uma crise de riso em plena livraria. Se chama A Loja dos Suicidas, escrito pelo francês Jean Teulé, que também é roteirista, cineasta e comediante, e além dos roteiros de cinema e tv, também escreveu para histórias em quadrinhos. O livro conta a história da Familia Tuvache, que por gerações tem o orgulho de fornecer os melhores artigos para suicidas e do drama que é ter um filho alegre e que tenta ajudar os clientes a desistir do suicídio.

O livro é pequeno, dá para ler rapidinho. Depois de ler tive que concordar com algumas críticas que havia lido sobre o livro, que falam da falta de profundidade dos personagens, mas atribuo isso provavelmente ao fato de que esssa história renderia mais se fosse em forma de HQ, pois o que parece faltar em descrições mais detalhadas poderia ser demonstrado facilmente através de imagens. Ainda assim, o livro tem um ar de fábula, de histórias infantis, e me fez lembrar de dois filmes também franceses da parceria dos diretores Jean-Pierre Jeunet e Marc Caro, chamados O Ladrão de Sonhos e Delicatessen. Em comum as histórias tem tanto o teor bizarro, quanto o fato de se passarem em uma época que parece ser um futuro pós-apocalíptico.
Achei muito divertido e como disse no início não pude resistir depois que li o anúncio da propaganda da loja: Sua vida foi um fracasso? Conosco sua morte será um sucesso!! Para controlar o riso foi difícil, mas graças aos beliscões que a Paula me deu eu consegui recobrar o controle. Recomendo para quem tem um senso de humor assim distorcido como o meu.


As belas manhãs de domingo

Ahh!! As belas manhãs de domingo com o gosto de cerveja da noite anterior ainda na goela, as enormes olheiras na cara e a certeza de que a ressaca vai ser longa.

Ohh!! As dores de cabeça incessantes e as ânsias de vômito que parecem querer te revirar pelo avesso...

Para eu aprender a respeitar a intuição feminina

Sexta à noite saimos para comer alguma coisa e depois dicidimos, quer dizer, insisti até que consegui convencer minha namorada a parar no Botequim Paulista para tomarmos umas cervejas, pois ela dizia não estar com vontade. Se eu tivesse escutado ela e ido para casa, meu carro não teria sido arrombado. Felizmente não levaram nada, pois queriam o pneu estepe e de alguma forma não tiveram tempo para isso, mas ficou o prejuízo da fechadura arrombada.
Eles arrombaram a fechadura, abriram o capô e cortaram o cabo que passa a corrente da bateria para o carro para desativar o alarme.
Disso aprendi duas coisas: respeitar essa intuição dela que não falha e não estacionar mais nas transversais da Amélia Rosa.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Quem diria...

Alguns dias atrás meu pai me chamou: Vem ver uma coisa aqui na tv. Ele estava assistindo o programa Os Caras de Pau, que é um programa de humor da Rede Globo, exibido aos domingos após o programa do Renato Aragão, com os comediantes Marcius Melhem e Leandro Hassum. O programa apresentava um sketch em um restaurante em que um garçon oferece alface para Leandro, que recusa dizendo que alface não tem gosto de nada e que não quer e pronto. Essa é a deixa para Marcius começar a critica-lo, dizendo que o alface só estava ali por que muitos trabalharam para isso, e que ele deveria valorizar o trabalho de agricultores, comerciantes e garçons e que seria um desrespeito a todas essas pessoas não comer o alface.
Não sei ao certo qual a intenção do programa, mas a verdade é que me chamou a atenção para uma coisa muito importante. Gosto muito da filosofia Zen, e um dos princípios do Zen Budismo é que todo alimento é sagrado e não deve ser desperdiçado, assim como deve-se sempre ter em mente quando nos alimentamos que o que comemos só está ali graças ao esforço de muitas pessoas, desde quem plantou e colheu, quem trouxe, quem cozinhou até quem nos serviu. O que já representa outra questão que é a valorização do trabalho.
Achei interessante porque acho horrível ver alimento desperdiçado, coisa muito comum em certos lugares e que muitas pessoas não percebem ou se importam. De qualquer forma foi uma surpresa para mim aquele skecth, e mesmo que a intenção não tenha sido educar quem assistiu, acredito que quem teve sensibilidade percebeu que o assunto é sério.
Quem quiser conferir, deixei inclusive um comentário no Youtube neste video: http://www.youtube.com/watch?v=q9QVnGUGgjY

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Temporada de caça aos Emos

Pronto, acabaram de criar o primeiro martir da revolução Emo. Numa cidade no interior de São Paulo uma mãe perseguiu em via pública, amarrou e cortou na marra o cabelo do filho, que apreciador da estética Emo, mantinha o cabelo grande, alisado artificialmente, sempre no meio da cara. A mãe disse que tinha a obrigação de salvar o filho, e não poderia ser omissa no seu papel de mãe.
Bom, eu não sou daqueles que acha Emo bonitinho, na verdade acho até que o subgênero musical é uma porcaria, mas não tenho nada contra a estética deles, mesmo porque acredito que seja influenciada pela cultura pop japonesa, e como gosto de cultura japonesa seria incoerência de minha parte. Mas decididamente acho triste essa demonstração de intolerância, e acredito que atitudes como essa não devem ser permitidas.
Me lembro de quando nos idos de 1992, eu então com pouco mais de 17 anos batalhava para deixar o cabelo crescer, e tinha que convencer meus pais de que cabelo grande não era sinônimo de bandido ou de drogado. Sendo assim, conclamo os Emos a unirem-se e lutarem contra esse preconceito absurdo e mostrarem ao mundo que emo também é gente.

Extra!! Extra!!

Extra!! Extra!! Morrem muitos e muitos mais ainda morrerão!! Será que haverá tempo suficiente para cobrirmos todos os desastres, todas as guerras, todos os crimes? Será que haverá ainda alguém prestando atenção a tudo isso?

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Assisti o Silêncio dos Inocentes pela enésima vez (e adorando, diga-se de passagem), me fez querer procurar no youtube o video verdadeiro da banda Q. Lazzarus que canta a música Goodbye Horses, que se ouve enquanto Bufalo Bill dança em frente a uma câmera de vídeo.
Para minha surpresa, não existe um video da banda mesmo, mas existe uma enormidade de vídeos parodiando ou imitando a performance do ator Ted Levine. Tem de tudo, de desenhos animados, emos, homens, muheres... mas a que achei mais engraçada está justamente em outro filme, Clerks 2 (o Balconista 2, aqui no Brasil), do diretor Kevin Smith, durante um momento de tédio Silent Bob coloca uma música e Jay encarna Bufalo Bill. A cena é curta, mas é impagavel, pelo menos para mim, que tenho um senso de humor meio distorcido rsrsrsrsr.

domingo, 11 de abril de 2010

Complementando o post anterior, além dos noticiários a coisa que mais me aterrorizou naquela época foi a visualização do que seria realmente uma guerra nuclear graças ao filme The Day After, que trata justamente do que seria uma guerra como essa.
Coincidentemente, acabei de assistir uma matéria na CNN que usa esse mesmo filme para questionar a necessidade da posse de armas nucleares em uma turma de estudantes paquistaneses.
Antes de ver todos acreditavam firmemente no direito e necessidade da posse dessas armas. Após o filme, que provocou as mesmas sensações que tive, os estudantes não estavam mais tão seguros de suas opiniões.
Uma excelente matéria.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Ignorance is bliss

Minha namorada vive me dando bronca quando eu retorno sempre ao assunto de que em 2012 ou o mundo acaba ou acontece algo muito sério. Eu até entendo que deve ser uma chatice ouvir isso repetidas vezes, portanto eu resolvi que não iria mais tocar nesse assunto e que viveria minha vida de forma positiva e tudo mais.

Só que eu entrei de férias e já viu, cabeça vazia oficina do diabo, sem ter o que fazer fora levar o carro na oficina ou ir treinar karatê, fico aqui em casa o dia inteiro assistindo coisas do Discovery Channel, NatGeo e do History Channel. Tudo muito bom, mas sinceramente, se tem um canal que tá botando fé nessa coisa de fim do mundo é o History Channel, aliás muito da programação, eu já havia percebido, gira muito em torno de assuntos beligerantes, é guerra disso, atentado daquilo. Tudo bem tem que informar mesmo, acho inclusive muito interessantes os programas sobre ovnis, mas parece que os donos resolveram ser os propagadores da "boa nova" rsrs.
Resultado: minhas paranóias se reavivaram e eu agora fico me lembrando de quando era criança, e fiquei realmente precupado com os noticiários sobre guerra fria e uma possível guerra nuclear.
As vezes sou obrigado a admitir que como diz a música dos Ramones, Ignorance is bliss.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Conheci uma criatura interessante ontem. Em um momento de empolgação depois que uma amiga disse que morava atualmente em Campinas, essa criatura disse que uma vez ao ano todos deveriam ir a São Paulo e Rio de Janeiro para ter uma "reciclagem cultural". Opiniões à parte, achei realmente contraditório esse mesmo senhor vir fazer gozação logo a seguir quando a conversa girava em torno de diferenças e preferências entre vinhos e uvas como Cabernet, Merlot,Malbec, etc. Disse ele que isso era besteira e que ele bebia qualquer coisa.
Antigamente eu entraria numa batalha, na tentativa de educar o infiel, mas acho que me cansei de perder meu tempo. Deixei ele com seus conceitos, eu com os meus. Dizem que todo mundo tem direito a viver como quer, isso é verdade realmente, mas agora também sei, como disse o profeta Mateus, que não se deve jogar pérolas ao porcos.

olha a chuva

Dizem que sempre há uma calmaria antes de uma tempestade, mas aqui em Maceió é ligeiramente diferente. Em vez de somente uma calmaria temos um mormaço terrível, um calor dos infernos, sempre precedendo gigantescas trombas d'água, que alagam tudo, derrubam encostas, congestionam o trânsito, enfim tudo o que acontece nas melhores cidades hoje em dia.

sábado, 3 de abril de 2010

...


Hoje vivemos num mundo de consumismo desenfreado onde tudo é momentâneo, tudo é fugaz. Tudo vira produto a ser vendido. Imaginem que até coisas intangiveis como símbolos e seus significados tornam-se produtos.


Uma faixa preta em karatê. O significado dela é óbvio, trata-se de um distintivo, uma marca de graduação. Como objetos, desde que as artes marciais se disseminaram pelo mundo, passaram a ser vendidas em diferentes marcas, mas nunca antes se vendeu o que vinha por trás da faixa, nunca se pôde vender o que a faixa simboliza.


Uma faixa preta simboliza um determinado estágio de aprendizado, é como um diploma universitário, que precede pós-graduações, mestrados, doutorados e por aí vai. Com o tempo de treino a faixa vai se desgastando, perdendo a cor preta e se acinzentando. O desgaste vai aumentando e ela começa a perder a parte externa do tecido que outrora foi preto, expondo a parte interna, totalmente branca. No fim a faixa deixa de ser preta e retorna ao branco.


Isso simbolizava o fim de um círculo, o amadurecemento. Agora não mais. As empresas que produzem estas faixas criaram tecidos mais frágeis, tintas mais sensíveis ao efeito do suor e com isso a faixa perde a cor mais rapidamente. Com isso o que se levava anos para se conseguir, aparece em muito pouco tempo.


Agora eu me pergunto o que mais falta virar produto? No fim das contas é até compreensível uma vez que hoje em dia se valoriza muito a imagem, o parecer ser, e não o processo de obtenção. Como as coisas devem ser compradas, digeridas e descartadas rapidamente, não há mais tempo para aprender realmente.

Páscoa

E para confirmar que sou do contra mesmo, não tem nada mais prejudicial ao bolso do que ovo de páscoa. Você paga um dinheiro absurdo por uma quantidade de chocolate que você compraria muito mais barato em forma de barras ou bombons.
Toda Páscoa é a mesma confusão com minha namorada, que me pergunta que ovo de páscoa eu vou dar a ela, e eu respondo que ovo de páscoa só em fotografia hheheheh Acho mais interessante comprar uma caixa de trufas com chocolates de alta qualidade, deliciosos, maravilhosos a dar o mesmo dinheiro por um ovo de chocolate comum e um monte de papel.

Na hora do café...

Estava eu mexendo o açucar na minha caneca de café gigante, quando um colega olha e diz: "Pô Abel, mas tu é do contra até na hora de mexer o café?" E eu respondo sem entender do que ele estava falando: Ué!!! E tem jeito certo de mexer o café? E ele responde: Cara todo mundo mexe o café no sentido horário, tu é o único que eu conheço que mexe no sentido anti-horário!
...
Voltei a perguntar o motivo de estar errado e ele me veio com a teoria da Força de Coriolis que diz que no hemisfério sul a água desce pelo ralo das pias em sentido horário, e no hemisfério norte no sentido anti-horário, que levando isso em consideração todo mundo mexe o café no sentido horário. (Ver Força de Coriolis na Wikipédia)
Naquela noite tomando um café com minha namorada perguntei para ela como ela mexia o café e ela também mexe no sentido anti-horário como eu, o que não foi exatamente uma surpresa, pois ela é tão do contra quanto eu hehehhe, mas ai pensei se existe tal coisa ou se não passa de uma alucinação do meu colega, pois para falar a verdade nunca prestei atenção em como as pessoas mexem seus cafés, provavelmente por estar sempre me preparando para degustar esse que também é um dos meu vícios.
Mas será que isso tem haver mesmo com a personalidade das pessoas? Será que ir de encontro a uma força do universo demonstra algum traço de personalidade? hehehheheh
Acho que não, mas enfim, cada um tem uma maneira de entender o universo, eu mesmo tenho minhas teorias malucas conspiratórias e catastróficas.

domingo, 28 de março de 2010

Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras, mas também sei que existem uns poucos escritores que com paucas palavras conseguem criar milhares de imagens em nossas mentes. Eu os admiro imensamente, e me pego sempre pensando e repensando o que escrevo, se está claro ou se está lógico, pois sempre achei extremamente difícil tentar descrever as milhares de sensações que podemos ter ao ver um filme ou tomar um vinho ou escutar uma sinfonia entre tantas outras coisas.

sábado, 20 de março de 2010

Quase tudo na vida passa sem que prestemos muita atenção. Li um conto dia desses em que uma rua, sim, uma rua cansada pela indiferença de um transeunte que por quarenta anos nela passou sem lhe dar a devida atenção, resolveu que a cada tentativa do infeliz de fazer seu caminho para casa o levaria sempre para uma lugar diferente. O conto fala dessa indiferença que temos para as coiisas, mas que tendemos muitas vezes a ter com relação a pessoas com quem convivemos. Imaginemos como seria a vida se cada pessoa que conhecemos nos esquecesse completamente, conseguiríamos viver realmente nessas condições?
De vez em quando acontece, mas quando envelhecemos acontece com mais fequência: as pessoas se vão e só nos resta a memória.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O tempo passa enquanto ouvimos música.

A gente começa a se ver mais velho quando de repente se pega tendo os mesmos pensamentos saudosistas que escutávamos de nossos pais. Estava eu escutando uns dos discos que mais escutei em minha vida, Hunting High and Low, do A-ha, que acredito eu, todos devam saber se tratar de uma banda pop norueguesa, que surgiu no cenario musical mundial com esse mesmo disco lá pelo meio dos anos 80.
A primeira música que escutei foi Take On Me, lembro até hoje da cena, pois eu fazia então a antiga quinta série do primeiro grau e estava no intervalo das aulas na fila da cantina pensando se comprava um pãozinho de queijo e um refrigerante, quando na rádio de repente começou a tocar aquela canção que literalmente grudou em minha cabeça. Melhor ainda foi assistir o "clip" da música que é muito legal, com uma estética de quadrinhos, que para mim ainda é um dos mais legais de todos os tempos.
Pois é, que sensação legal reviver todos aqueles momentos, aquela sensação de inocência e ingenuidade, quando tudo era mais simples. Se isso não é envelhecer, não sei mais o que é. Para comprovar a tese, o A-ha está fazendo sua última turnê mundial. Pelo menos passará por Recife em Março e eu terei a oportunidade de ver uma de minhas bandas favoritas pela primeira e ultima vez ao vivo.

domingo, 31 de janeiro de 2010

domingo, 24 de janeiro de 2010

Para tudo tem limite, será?!

Para tudo tem limite, cresci escutando isso e tentando acreditar nessa afirmação que muitas vezes soa como uma prece ou forma de desabafo de quem se confronta com o bizarro. Infelizmente continuo a me surprender com a criatividade humana e sua tendência para o surreal. Alguns dias atrás estava eu com minha amada-idolatrada-salve-salve namorada, tomando um vinhozinho( para variar), quando de repente passou por nossa mesa uma criança que nos fez perder a fala. Não que crianças sejam tão estranhas ao local que nos causem espanto, ou que não tenhamos ainda nos acostumado com essa qualidade maravilhosa das crianças de produzirem encantamento, muito pelo contrário, pois perdemos a fala pela bizarra e triste visão de uma criança com menos de dez anos, sem corpo formado ainda, usando cabelos pintados e alisados quimicamente, como uma reprodução caricata em miniatura de sua mãe, uma loira artificial e insossa qua a acompanhava alegre e peruamente.
O choque passou depois de alguns instantes, para tentarmos descobrir o que leva uma mãe a realizar os desejos de uma criança a se mutilar de sua aparência de inocência para reproduzir uma estética no mínimo inadequada a sua idade. Ficamos nos perguntando se estamos ficando conservadores demais depois de mais velhos, mas custo a acreditar que uma imagem triste como aquela não provoque reação similar a qualquer indivíduo com um mínimo de bom senso. Indepenente disso, ninguém pode negar os efeitos a longo prazo de uma esposição tão prematura de um organismo tão novo a essas químicas todas usadas nesses precessos que ao meu ver diferem muito pouco dos rituais macabros dos contos de H. P. Lovecraft ou de Edgar Allan Poe.
Quem quiser ver essa situação bizarra como ela realmente é pode assistir o filme Pequena Miss Sunshine, que entre as confusões de uma família nada convencional, tenta levar a filha caçula para participar de um desses concursos de beleza infantis que ocorrem nos Estados Unidos. O filme detona com esses espetáculos bestiais em que para satisfazer os desejos não realizados dos pais, menininhas são fantasiadas de mulheres adultas, submetendo-se a rituais "embelezamento" que as transformam em versões miniatura de barbies ambulantes, com os mesmos sorrisos químicos, maquiagens e tinturas de cabelo que me calsaram tanta repulsa como já disse anteriormente.
Enfim, quem quiser que veja o filme, mas no fim das contas todo mundo é um pouco louco e infelizmente para essa criança a mãe é louca varrida, o que não consigo me conformar é como um cabelereiro pode fazer algo desse tipo numa criança apenas par não deixar de ganhar dinheiro. Será que não há nenhum limite? Tenho impressão que tudo vai ficando mais estranho a cada dia.
Love is god and Ben Harper is His prophet!!!! Love Bless!!!!

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