sábado, 31 de julho de 2010

Ameaça

Se por um acaso eu parar de escrever neste blog é porque minha namorada me internou num hospício, pelo menos é o que ela diz que vai fazer se eu insistir em falar com ela sobre aliens e ovnis e temas correlatos. Para se ter um idéia, alguns minutos atrás eu tentava assistir um documentário no Discovery Channel  e fui rudemente impedido de ter acesso a essas informações vitais a compreensão da invasão iminente do nosso planeta. Em vez de assistir o Discovery ela me fez assistir o filme Mamma Mia, que é construido à partir de latras das músicas do ABBA. Estou começando a acreditar que minha amada namorada faz parte dessa conspiração para impedir o acesso ao conhecimento sobre os aliens.
Para falar a verdade, acho que o ABBA também é um grupo musical alienígena, que com suas baladas melódicas e grudentas, hipnotiza as mulheres humanas, transformando-as em soldados  da invasão, ao impedirem seus conjuges de ter acesso à verdade. Mas como dizia Fox Mulder, a verdade está lá fora, e não seremos impedidos de encontra-la, pelo menos enquanto não estivermos no hospício.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Sinestesia?

Durante muito tempo tive um certo sonho que me incomodava por sua natureza estranha e pela inexplicabilidade das sensações que ele provocava. Não era um pesadelo. Pesadelos eu também tinha corriqueiramente, mas me ver perseguido e assombrado por monstros não chegava a ser tão assustador ou estranho no fim das contas.
Esse sonho que me incomodava tinha algo de impessoal, imaterial talvez, pois sempre via as mesmas formas geométricas em um cenário branco, quase líquido e em  constante modificação. O estranho era que as imagens provocavam sensações físicas em  minha mente, era como se eu as tocasse com meu olhar.

Louco como sou, cheguei a pensar que estivesse desenvolvendo telecinésia (rsrsrsrsr), mas o absurdo da idéia me trouxe de volta ao mundo real. Mas ainda me incomoda não ter um conceito firmado sobre o tipo de sonho ou o que poderia  provoca-lo, se uma flash sinestésico, coisa que não sou dado a ter, ou um mero desequilibrio neurológico momentâneo, e infelizmente, sem nenhum traço telecinético. Fazer o que... parece que não tenho super-poderes afinal.


quarta-feira, 28 de julho de 2010

celular ao volante

Nunca mais atendo celular enquanto dirigir. Fui atender uma ligação alguns dias atrás e dei de cara com a traseira de uma Ranger... Resultado: pagar a franquia do seguro. Fazer o que... tem gente que só aprende quando dói no bolso.

domingo, 18 de julho de 2010

Delicadeza musical.

Se há algo que realmente invejo é a habilidade que os músicos tem de transitar entre dimensões, nos levando por caminhos de sensibilidade e delicadeza. A quem interessar, eis duas versões de uma música que fez parte da trilha sonora do filme Furyo, em nome da honra, composta por Ryuichi Sakamoto. Na primeira o próprio compositor a executa ao piano acompanhado por violoncelo e violino. Na segunda o instrumentista japonês Kotaro Oshio a executa ao violão numa demonstração de virtuosismo puro, pelo menos em minha humilde opinião. A quem quiser há ainda a versão original no Youtube, que não é tão bonita, pois é executada com sintetizadores. 

domingo, 11 de julho de 2010

Na teoria tudo é muito simples

Estamos normalmente tão imersos em nossas rotinas que as atitudes se tornam automáticas, indo de encontro muitas vezes, inclusive, aos princípios norteadores da ética pessoal pelos quais tentamos pautar nossas atitudes.


A condição urbana é tão marcante, que mesmo quando tentamos articular comportamentos que sejam menos destrutivos e mais harmônicos com o meio ambiente, nos surpreendemos com atitudes francamente paradoxais a esses pensamentos.

Sábado pela manhã estava no Senac, esperando minha comandante-em-chefe. O ambiente é dos mais interessantes, com árvores e pássaros convivendo com a arquitetura do prédio sem problemas. Enquanto esperava, resolvi ler o livro 'Formação e Imformação Ambiental: Jornalismo Para Leigos e Iniciados', que é um compêndio de textos organizado por Sérgio Vilas Boas (ao mesmo tempo eu escutava Madredeus em meu mp3). Tudo muito bom, tudo muito adequado quando de repente um pássaro, que eu descobri ser uma espécie de pássaro que canta de forma barulhenta como cantam as Arapongas, começou a sua serenata poderosa e incansável. Pronto, foi o bastante para esse pseudo ambientalista com ares intelectuais esquecer todos os seus valores e desejar uma atiradeira para acertar o póbre pássaro, que indiferente cantava sem parar.

O pior foi que quando tomei ciência de meus pensamentos tão incoerentes, comecei a sondar o ambiente de forma mais apurada e percebi que antes o som dos carros que passavam não me incomodava, mas o canto do passaro que adaptado à vida urbana cantava numa mistura de buzina de automóvel com som de pneu murchando ( se é que isso é possível) atrapalhava meu raciocínio, ou melhor, me arrancava do clima etéreo provocado pela música do Madredeus. Dá para acreditar? Se ao menos eu estivesse escutando Rogério Skylab com sua antológica canção Matador de Passarinhos...

sábado, 10 de julho de 2010

Umas quatro garrafas de vinho, uma longa conversa sobre psicologia, filosofia zen, artes marciais, estratégias militares aplicadas às relações interpessoais no meio profissional, cultura pop e cinema. Tudo isso numa noite de quinta-feira pode até ser divertido, mas pouco recomendável, pois não tornarei a fazer novamente uma dessas, porque o trabalho no dia seguinte não rende a metade do que normalmemte rende.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Israeli Soldiers Dancing

Se tem alguma coisa que os grande senhores da guerra mais detestam é quando as crianças recrutadas como seus peões demonstram ainda ser crianças. No video que está no Youtube e gerou a maior polêmica, os recrutas com idades de 18 e 19 anos, dançam uma coreografia durante uma patrulha. Se é um comportamento irresponsável, segundo seus generais, eu não questiono, mas acredito que não há maneira melhor de mostrar que tem coisa muito mais importante para esses garotos que sair por aí armados até os dentes arriscando suas vidas.

domingo, 4 de julho de 2010

sábado, 3 de julho de 2010

Hexa... era...

Comentário da Paula:

"Acabou o Sonho, mas ainda tem rosquinha, queijadinha..."

Fazer o quê... ela está certa.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Meus queridos monstros

Tem coisa que não tem a menor importância para muita gente, mas que dentro de certos meios, assume um papel vital para a compreensão da natureza de figuras típicas das narrativas ficcionais. Múmias, Vampiros, Lobisomens, Zumbis, Sacis, entre tantos outros, são identificados por certas características e comportamentos que se tornam marcas de sua existência (fictícia) e acabam atribuidas a personalidades humanas com o objetivo de criticar ou elegiar pessoas com quem convivemos. Todo mundo já escutou, coisas como "fulano é um Vampiro, que vive me sugando no trabalho", ou  "cicrano é uma verdadeira múmia, parou no tempo".

Essas são características comumente reconhecidas, mas o problema começa quando algum autor cisma de por características um tanto anômalas nesses personagens, causando polêmicas e confusões no imaginário mitológico,  como foi o caso dessa papagaiada chamada Eclipse, e livros subsequêntes, que lançou ao mundo os primeiros vampiros (o v minúsculo é intencional) assexuados. Depois da verdadeira revolução causada por livros como Entrevista com o Vampiro, de 1976, da escritora Anne Rice, que introduziu toda a discussão da sexualidade vampiresca com personagens marcantes como Lestat, acontece uma involução desses conceitos quando livros de qualidade questionável, apresentando personagens como Edward e companhia, acabam se tornando moda e por conseguinte deturpando toda uma cadeia de pensamento construida por séculos de imaginação e talento genuino.

Bom, isse é o lado ruim dos fatos recentes, o bom é que apesar disso, outros seres mitológico-fictício-macumbescos vem sendo mais valorizados nos ultimos tempos. Os Zumbis por exemplo, sim os Zumbis, essas coisas capazes de provocar terrores profundos visto que representam o maior dos temores da humanidade, a morte cambaleante e devoradora, que lenta e inexoravelmte nos persegue, e que temos a certeza de jamais poder escapar. Pois bem, os Zumbis que já foram retratados tão bem em filmes e revistas, agora vão ganhar uma série de tv The Walking Dead, com estréia prevista para outubro deste ano nos EUA.  Além disso  mais e mais livros e HQs vem sendo lançados com os papa-cérebros como tema.

Isso dá pelo menos um certo alívio por saber que uma parte da "fauna" mitológica ainda é tratada com o devido respeito. Espero apenas que os nobres sanguessugas consigam se manter intactos, porque como toda moda, essa que os desrespeita também é passageira, e enquanto essa passa, os verdadeiros Vampiros repousam em suas criptas, esperando por tempos menos brilhantes, e escritores menos castos de imaginação.