Entre tantas notícias sobre desastres que acontecem pelo mundo, como terremotos e tsunamis e atentados, de alguma forma algumas pessoas se anestesiam. Até que tudo ocorra na sua vizinhança, um assalto, um acidente, um roubo... uma enchurrada. Sim, as pessoas perdem a sensibilidade para assuntos como estes, já que se tornam rotina nos noticiários, e isso é um perigo em todos os sentidos, mas o que acredito ser o pior é não estar de alguma forma preparado para essas situações como acontece em outros países.
Há muito que tenho essa visão catastrófica da vida, do caos iminente que se apresenta no horizonte desses tempos que são a essência do paradoxo, tão ricos em contradições. Se, há pelo menos cinquênta anos andamos na Lua, ainda assim pessoas morrem de fome e de doenças típicas da idade média. Temos tvs, celulares e computadores que respondem ao toque em suas telas, temos tecnologia capaz de virtualmente conectar cada ser humano no planeta, mas ainda assim isso não ocorre. E temos a natureza, que por gerações humanas foi cruelmente tratada agora se rebelando com toda a força e crueldade de que é capaz.
Mas será que a natureza é realmente cruel? Não. A natureza é simplestemte indiferente. Indiferente às crises econômicas e políticas, ao crescimento desordenado das cidades, que fazem pessoas construirem casas muito próximas de rios. Indiferente às necessidades humanas de construção de barragens para represar rios para gerar eletricidade ou abastecer a região com água potável. Se é assim indiferente, por que se inibiria de mandar chuvas torrenciais nas cabeceiras de rios.
Em toda essa tristeza que passamos, fico pensando em apenas um ponto, e isto é que provavelmente possa ser chamado de verdadeira crueldade, que é indagar por que após outras enchentes, outros desastres semelhantes, muitas pessoas ainda insistem em manter residências em locais que já foram inundados. Alguns podem usar a desculpa de que não tem outro lugar para ir, mas outros que possuem tanto conhecimento quanto recursos para se mudarem destes locais não tem como negar que só sofrem o que sofrem por consequência de sua própria indiferença e estupidez.
Outra questão em se tratando de estupidez, seria a qualidade das pessoas que escolhemos para governarem nossas cidades. Isso tem uma ligação inegavel com tragédias como essa. Mas para isso não temos a quem culpar além de nós mesmos, que vendemos nossos votos, que votamos no candidato que trará mais festas, ou no que nos arranjará aquele empreguinho na prefeitura, quando deveríamos votar nos mais preparados para sanar os problemas das cidades. A qrande pergunta é: existem candidatos assim????
P.S. Depois eu edito, coloco as vírgulas e pontos nos devidos lugares. Agora estou atrasado.
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