domingo, 23 de agosto de 2009

Dinheiro não compra civilidade

Sexta a noite estava eu com minha digníssima namorada-esposa-patroa-chefinha, num conhecido Café daqui de Maceió, tomando dessa vez um vinho espanhol, mistura de uvas Tempranillo e Cabernet. Decidimos ficar na área de fumantes, pois era onde havia a única mesa livre, embora eu venha cada vez mais questionando a sabedoria dessa escolha. Normalmente esse é o ambiente mais calmo, tem uma iluminação mais leve, o que cria uma atmosfera menos poluída( em termos sonoros, é claro). Nessa noite não demos tanta sorte pois havia um grupo formado por três casais aparentemente bastante endinheirados, exibindo suas roupas de grife, seus celulares de ultima geração e suas conversas em altíssimo som.
Lá pela metade da nossa garrafa de vinho, já haviamos escutado com pormenores bastante sórdidos, coisas que não se conta nem ao analista. A situação estava além de irritante ficando constrangedora. Para piorar, um outro grupo meio que para criar um equilíbrio de forças ou apenas para poder escutar suas próprias vozes, começou a tentar igualar a altura da conversa.
Foi aí que começou a brotar a idéia louca de dar uma Kiai (grito energético usado nas artes marciais orientais, que tem como função unir, sincronizar energia psíquica e física durante a execução de determinadas técnicas). Claro que disse a patroa quais eram minhas intensões. Já que parecia haver uma competição para ver quem falava mais alto, eu com meus 1,76m e 68kg, queria entrar na rinha também e já chegar atropelando todos heheheh. Mas a patroa não permitiu. Que pena! Alguém tinha que se mostrar civilizado afinal, me restou apenas terminar meu vinho e sair dali o quanto antes.
Não sei bem porque essas coisas acontecem, parece que certas pessoas tem satisfação por se exibir, ou então uma total falta de civilidade, pois não se importam se seus comportamentos são adequados ao ambiente ou se estão incomodando os outros.

Um comentário:

Alan B. Nogueira disse...

Eu sei como é isso, sempre que eu ia a algum bar ou coisas semelhante, terminava no dia seguinte com a garganta em frangalhos na tentativa de me fazer ouvir por quem me acompanhava, já que as mesas que me cercavam entravam numa de propaganda em alto som.